Do Pároco

Com o título, “dão fruto mesmo na velhice” (Sl 92, 15), no dia 3 de maio, o Papa Francisco publicou a mensagem para o segundo dia mundial dos avós, que este ano será no domingo 24 de julho. Aconselho a sua leitura na íntegra. Sublinho três ideias:

– a velhice não é uma doença, da que se deve fugir, temer ou fazer de conta de que não existe. Pelo contrário, escreve o Papa: «é uma bênção, e os idosos não são proscritos de quem se deve estar à larga, mas sinais vivos da benevolência de Deus que efunde a vida em abundância. Bendita a casa que guarda um ancião! Bendita a família que honra os seus avós!» Mais adiante, acrescenta: «Envelhecer não é apenas a deterioração natural do corpo ou a passagem inevitável do tempo, mas também o dom duma vida longa. Envelhecer não é uma condenação, mas uma bênção!»

– é necessário aprender a envelhecer, o que nem sempre é fácil, sobretudo porque «as sociedades mais desenvolvidas gastam muito para esta idade da vida, mas não ajudam a interpretá-la: proporcionam planos de assistência, mas não projetos de existência.» Por isso, com uma bela imagem, o Papa insiste: «A velhice não é um tempo inútil, no qual a pessoa deva pôr-se de lado recolhendo os remos para dentro do barco, mas uma estação para continuar a dar fruto: há uma nova missão, que nos espera, convidando-nos a voltar os olhos para o futuro.» Dentro dessa missão, o Papa propõe que os idosos cultivem com maior assiduidade um contacto com a Palavra de Deus e com a liturgia. E que cultivem as relações com os outros: os familiares mais próximos e aqueles mais necessitados a quem possam apoiar e inspirar.

– celebremos bem a Jornada Mundial dos Avós. A proposta do Santo Padre é bem concreta: «Celebremo-la juntos! Convido-vos a anunciar este Dia nas vossas paróquias e comunidades, a visitar os idosos mais abandonados, em casa ou nas residências onde estão hospedados. Procuremos que ninguém viva este dia na solidão.»

Para muitos, a jornada sucederá nas férias. Se não for possível visitar pessoas idosas que estão longe, pelo menos não esqueçamos de lhes telefonar ou entrar em contacto com elas. Precisamos delas e elas precisam de nós.

Pe. João Paulo Pimentel