Parece mentira, mas é verdade. Bem, talvez ainda não estejamos prontos, prontos, mas para lá caminhamos. Somos conscientes de que há ainda muito trabalho pela frente, mas a proximidade da Jornada ajudar-nos-á a renovar o desejo de colaborarmos com todo o empenho e dedicação.

Desta vez somos nós os hóspedes. A nossa tradição sempre foi a de “receber bem”. Temos gosto em que os que nos visitam ou escolhem morar aqui se sintam bem, como em sua casa.

Para nós, cristãos, a esses motivos culturais e de forma de ser, acresce o facto de que vem estar connosco o Santo Padre, o Vicário de Cristo e, provavelmente, mais um milhão de pessoas, na sua maior parte irmãos nossos na fé. Lembremos, uma vez mais, as palavras da Carta aos Hebreus: “Permaneça entre vós a caridade fraterna. Não vos esqueçais da hospitalidade, porque graças a ela alguns, sem o saberem, hospedaram anjos” (Heb 13, 1-2). Um grande incentivo a receber mesmo bem os que vão estar connosco, com quem rezaremos, de quem aprenderemos tantas coisas.

Que podemos fazer nestas semanas que antecedem a grande semana?

– Prosseguirmos a preparação interior, com mais oração. Queremos receber cada visitante como se fosse o próprio Jesus. Os tempos de Sacrário e os Terços são sempre bons recursos.

– Dispormos o nosso coração para servir à séria: estar onde for necessário, fazer o que for preciso. É tudo importante.

– Cultivarmos muito, porque é de justiça, um sincero agradecimento por tanta gente que tem trabalhado para este evento, de forma abnegada e silenciosa. Agradecimento que deve ser ainda mais delicado para com todos os que, por necessidade, terão de ficar em Lisboa nesses dias, mesmo que não fosse o seu “Plano A” para agosto: agradeçamos a todos, uma e mil vezes, e facilitemos ao máximo os seus trabalhos: sujemos o menos possível, obedeçamos prontamente às autoridades que velam pela ordem pública, preparemo-nos para longas esperas com bom-humor e sem dramatismos; procuremos resolver os pequenos (e não tão pequenos) problemas dos peregrinos o que pressupõe estar atentos e saber dedicar-lhes tempo.

– Esperemos as graças do Céu. Quando Pedro passeava pelas ruas de Jerusalém, os doentes que eram “tocados” pela sua sombra ficavam curados. Com Pedro, sempre nos chegam graças novas. Queiramos escutar com a máxima atenção o Santo Padre. Contemplemos com reverência o exemplo de tantos cristãos das mais variadas circunstâncias.

– Proponhamo-nos viver a semana das Jornadas como autênticos seguidores de Jesus.

Um conselho mais? Não descuidemos o sono, pelo menos quanto baste…

A todos um muito obrigado e um adeus até ao pós-Jornadas.

Pe. João Paulo Pimentel