BATISMO
O Sacramento do Batismo de crianças, em Telheiras
«O santo Batismo é o fundamento de toda a vida cristã, o pórtico da vida no Espírito («vitae spiritualis ianua – porta da vida espiritual») e a porta que dá acesso aos outros sacramentos. Pelo Batismo somos libertos do pecado e regenerados como filhos de Deus: tornamo-nos membros de Cristo e somos incorporados na Igreja e tornados participantes na sua missão» (Catecismo da Igreja Católica, n.º 1213).
Importância
A fé no Batismo instituído por Jesus faz com que os pais cristãos o peçam para os seus filhos. Pela importância que tem, os pais (e os padrinhos, se possível) deverão marcar um encontro com um dos sacerdotes. Nessa conversa, para além de concretizar alguns pormenores da celebração (leituras e leitores, como decorre a celebração, etc.) convém esclarecer possíveis dúvidas sobre o próprio Batismo: que pretende ao certo a Igreja ao batizar as crianças e qual a responsabilidade dos pais pelo facto de quererem batizar o seu filho.
Por vezes, a celebração do Batismo é uma excelente ocasião para que os pais retornem à prática cristã, à participação na eucaristia dominical, ao esforço por conhecer a comunidade paroquial onde se podem inserir, entre outros.
Escolha de possíveis leitores
A leitura da palavra de Deus é parte essencial da celebração. Todos devem poder ouvir bem essa palavra. Este é o critério fundamental.
No caso de haver leitores, é preciso assegurar que já têm experiência de ler noutras celebrações.
Crianças que não sabem ler bem e adultos não familiarizados com as celebrações litúrgicas não devem ser convidados a ler.
Pais que não têm a residência no território da paróquia
No caso da residência dos pais não ser no território da paróquia, é necessário solicitar na paróquia residencial a transferência para a paróquia de Telheiras.
Padrinho e madrinha
Antes de contactar alguém para ser padrinho ou madrinha dos filhos é muito conveniente conhecer as condições estabelecidas pela Igreja para se assumir a missão de padrinho e/ou madrinha: para além de ser batizado na igreja católica, deve ter pelo menos 16 anos, ser crismado, situação canónica «regular» (solteiro, casado pela Igreja, viúvo…).
O desejável é que, para além destes requisitos, seja alguém que procura viver de acordo com a fé católica. Pode haver um só padrinho ou madrinha; se forem duas pessoas, deve ser um e uma. Não pode ser nenhum dos pais.
Observação sobre as condições para ser padrinho: não se trata de que alguém faça juízos sobre a vida de quem quer que seja, mas essas condições estabelecidas pela Igreja ajudam a entender que ser padrinho ou madrinha não é um título de honra, uma espécie de prémio honorífico ao melhor familiar ou amigo ou uma retribuição pelo facto dos pais serem padrinhos do filho cujos pais agora desejam convidar.
Ao padrinho ou madrinha é atribuída uma missão dentro da Igreja. Por isso, é a Igreja a estabelecer as condições que, a seu juízo, melhor podem contribuir para essa missão.
É óbvio que essas condições mínimas podem não ser suficientes: quantas vezes se escolhe como padrinho ou madrinha uma pessoa com quem, no momento da Batismo, se tem uma grande amizade, mas que, passados uns meses, se afasta do entorno familiar e nunca mais se ouve falar dela. Por isso, podemos dizer que as condições referidas são também um apelo a que os pais pensem bem a quem hão de convidar para essa missão.
Simplificar o dia
Sendo razoável que no dia do Batismo haja uma pequena festa, expressão da alegria dos pais e de toda a Igreja por mais uma pessoa que é incorporada a Cristo, seria preferível que a celebração não fique irremediavelmente subordinada ao horário do da festa.
Não parece razoável que a festa seja excessivamente dispendiosa. Não se trata de utilizar o Batismo dos filhos como pretexto para um almoço ou um lanche «que fique na memória». O que deve ficar na cabeça de todos é o próprio Batismo.
No Ritual do Batismo das crianças não se prevê Missa. No entanto, existe a possibilidade de que seja administrado dentro da Missa.
Para escolher a melhor solução é preciso equacionar diversos fatores: se na celebração vão estar presentes várias crianças irrequietas e pouco habituadas a estar numa igreja é preferível que seja sem Missa.
Se os participantes não estão habituados a frequentar a Missa dominical também poderá não fazer muito sentido um Batismo com Missa. Pelo contrário, se são famílias que habitualmente frequentam a Eucaristia, a Missa pode ser uma boa solução. Nesses casos é bom pensar na possibilidade de o Batismo ser numa das missas dominicais, tendo em conta que é uma graça para toda a Comunidade participar num batizado.
Na prática, para a celebração, os pais devem trazer uma vela e, se possível, vestir de branco a criança. Se desejarem trazer a concha que derrama a água podem fazê-lo, mas não é de todo necessário.
Silêncio dentro da Igreja.
Antes e depois da celebração, deve haver silêncio na igreja.
Se os amigos e familiares desejarem falar um pouco antes da celebração, podem fazê-lo no parque, se estiver bom tempo, ou então pedir o auditório para conversarem à vontade. Nunca dentro da igreja onde deve reinar o silêncio.
No final, é possível fazer algumas fotografias com a família, com a condição de que seja tudo breve e sem demasiado alvoroço. Para fotografias multitudinárias e mais «alegres», é preferível o espaço exterior.
Pontualidade
O Batismo começará à hora marcada (definida em diálogo entre a família e a paróquia). São todos convidados a estarem na igreja 10 minutos antes.
Se fizer bom tempo e as condições o permitirem, os ritos iniciais terão lugar à porta da igreja.
Fotógrafo
No caso de se contratar um fotógrafo (algo que não é obrigatório), ele deve conhecer as indicações previstas para as celebrações: distrair o menos possível, não pedir «poses» durante a celebração, abster-se de fazer fotografias nas leituras e homilia e nunca subir ao presbitério.
Se se tratar de um Batismo inserido numa eucaristia dominical, as fotografias limitar-se-ão ao momento do Batismo.
Oferta
O Batismo, como qualquer Sacramento da Igreja, não é pago e ninguém deve sentir qualquer obrigação de o fazer.
Com frequência, muita gente aproveita a ocasião para fazer um donativo que, logicamente, a igreja agradece. Se assim decidirem, podem fazê-lo deixando a quantia dentro de um envelope para o efeito ou fazer uma transferência bancária.
Algumas Questões Frequentes
Todos os pais, podem pedir o Batismo para os seus filhos desde que se comprometam a educá-los na fé católica. Os bebés devem ser batizados na paróquia da residência dos pais. A paróquia ajuda os pais e padrinhos a prepararem-se adequadamente para a celebração deste sacramento.
Contacte a paróquia, dirigindo-se preferencialmente ao Pe. Carlos Santamaría, a ser possível dentro do horário da Secretaria ou em outro momento a combinar, nos seguintes dias: segundas, quintas e sextas. Nesse encontro, escolher-se-á a data e hora do Batismo e será entregue um impresso que deverá ser preenchido. Será também agendada uma reunião de preparação para os pais e padrinhos.
Neste caso, para que possam entender o sacramento que vão receber, necessitam de uma preparação especial, feita através da catequese.
Pode preparar-se para receber não apenas o Batismo, mas os três sacramentos da iniciação cristã em simultâneo: o Batismo, a Confirmação (ou Crisma) e a Eucaristia. Esta preparação, chamada de catecumenado, far-se-á à maneira de uma caminhada progressiva. Durante os últimos anos, as sessões são às terças-feiras das 21h00 às 22h00, duas vezes por mês, de outubro a maio.
O Batismo perdoa o pecado original e qualquer outro pecado, incluindo as penas associadas a esses pecados. A pessoa que é batizada recebe a graça santificante, as virtudes sobrenaturais e os dons do Espírito Santo. Com o Batismo, é impresso na alma o caráter sacramental, que nos faz cristãos para sempre. Regenerados como filhos de Deus, tornamo-nos membros de Cristo, incorporados à Igreja e feitos participantes de sua missão.
Ao batizando é exigida a profissão de fé, expressa pessoalmente no caso do adulto, ou então por parte dos pais e da Igreja no caso da criança. Também o padrinho ou madrinha e toda a comunidade eclesial têm uma parte de responsabilidade na preparação para o Batismo, bem como no desenvolvimento da fé e da graça batismal.