A confiança e a esperança depositadas pela Igreja nos jovens são características inscritas no genoma do cristianismo. Jesus contou com gente nova para estar com Ele. Precisamente, um daqueles que se encontrou com Cristo quando era novo escreverá anos mais tarde: «Eu vos escrevo, jovens, porque sois fortes, porque a palavra de Deus permanece em vós e porque vencestes o Maligno» (1 Jo 2, 14).

Ao longo da História da Igreja, é provável que essas características do cristianismo se tenham acentuado ou atenuado, tenham sido mais ou menos explícitas. Com as Jornadas Mundiais da Juventude, que foram uma das «imagens de marca» do Pontificado de S. João Paulo II, a Igreja tomou um novo fôlego no que diz respeito à evangelização dos jovens e com os jovens.

Em relação com o próximo Sínodo que terá lugar durante o mês de outubro, em Roma, escreveu o Papa Francisco:

«Através de um novo percurso sinodal sobre o tema: “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”, a Igreja decidiu interrogar-se sobre o modo de acompanhar os jovens a reconhecer e a acolher a chamada ao amor e a vida em plenitude, e também pedir aos próprios jovens que a ajudem a identificar as modalidades hoje mais eficazes para anunciar a Boa Notícia. Através dos jovens, a Igreja poderá ouvir a voz do Senhor que ressoa inclusive nos dias de hoje. Assim como outrora Samuel (cf. 1 Sm 3, 1-21) e Jeremias (cf. Jr 1, 4-10), existem jovens que sabem vislumbrar aqueles sinais do nosso tempo, apontados pelo Espírito.»

Nas próximas semanas, toda a Igreja olhará para Roma cheia de entusiasmo. Apesar das grandes dificuldades e dores presentes na Esposa de Cristo, Ela sabe que o seu Divino Esposo nunca cessa de velar pelo seu bem, que a renova constantemente com novos santos e que sempre «pode fazer novas todas as coisas». Que poderá então fazer o Senhor com a nova geração de cristãos?
Sonhemos com a resposta e rezemos, muito unidos ao Santo Padre, pelos frutos do próximo Sínodo. Sugiro que cada um, neste mês do santo Rosário, se comprometa a rezar mais e melhor o terço pelo Sínodo.

Pe. João Paulo Pimentel