DO PÁROCO

No dia 11 de fevereiro, a Igreja celebra o dia mundial do doente. É praticamente impossível que uma pessoa, mais cedo ou mais tarde, não lide de perto com a doença, padecendo-a ou encontrando-a nos familiares e amigos. Para além dos imprescindíveis cuidados médicos, gostaria de recordar outras ajudas aos doentes.

Em primeiro lugar, deveríamos contar mais com a Unção dos doentes. A Constituição sobre a Sagrada Liturgia, do Concílio Vaticano II, explica que

«não é Sacramento só dos que estão prestes a morrer. Por isso, o tempo oportuno para a receber é certamente quando o fiel começa, por doença ou por velhice, a estar em perigo de morte» (n.º 73).

Neste sentido, é importante perder o medo de propor a Unção a alguém nessas circunstâncias, medo esse que muitas vezes está associado à falsa ideia de que «chamar o sacerdote» é equivalente a uma sentença de morte.

Jesus deixou-nos este Sacramento como manifestação do seu cuidado pelos doentes e com ele, permite-lhes participar de um modo peculiar na sua obra salvífica, unindo-os mais à sua Paixão (cfr. Catecismo da Igreja Católica, n.º 1521), recebendo mais orações de toda a Igreja e contribuindo para a santificação da mesma Igreja (cfr. ib. n.º 1522).

Ao mesmo tempo, idêntica atitude de abertura à graça de Deus pode e deve ser ampliada. Quando alguém adoece, mesmo não sendo grave, é convidado a deixar-se ajudar espiritualmente, de modo a que esse tempo possa ser ocasião de crescimento espiritual, de entrega de si mesmo ao Senhor e de aumento da fé com a certeza de que, mesmo limitados, Deus conta connosco e quer apoiar-Se na nossa vida. São bons momentos para se aproximar da Confissão e da Comunhão.

Por fim, recomendo a mensagem do Papa para este dia, em que valoriza o papel dos voluntários que servem os doentes:

«revestem-se de importância fundamental os vossos serviços de voluntariado nas estruturas de saúde e no domicílio, que vão da assistência ao apoio espiritual. Deles beneficiam-se tantas pessoas doentes, sós, idosas, com fragilidades psíquicas e motoras. Exorto-vos a continuar a ser sinal da presença da Igreja no mundo secularizado».

Aproveitemos o dia 11 para pedir a Cristo que aumente em nós a vontade de sermos cada dia mais solícitos na atenção aos doentes.

Pe. João Paulo Pimentel